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Todos sabemos que o futebol é um jogo que movimenta muitas paixões, paixões essas que depois deturpam qualquer tentativa de racionalização de um qualquer estado do mundo da bola.
Vem isto a respeito do que tenho lido acerca de Paulo Bento. O actual Seleccionador Nacional não desperta paixões numa grande franja do Universo Azul e Branco e até Pinto da Costa, Presidente do Futebol Clube do Porto, já demonstrou por mais que uma vez que não é grande fã de Paulo Bento.
A razão de tal relaciona-se com a forma como Paulo Bento tem lidado com alguns jogadores que passaram pelo FC Porto, com as convocatórias e com alguns recados que foram sendo trocados entre Pinto da Costa e Paulo Bento.
Não vou aqui apresentar todas as razões das críticas ao treinador da nossa Selecção até porque já são do conhecimento de todos nós. O que vou fazer é apresentar factos.
O facto é que em três anos no comando da Selecção Paulo Bento conseguiu apurar Portugal para o Europeu que se realizou na Ucrânia/Polónia de onde apenas saiu nas meias-finais depois de a Espanha ter marcado mais uma Grande Penalidade que Portugal. O outro facto é que Paulo Bento conseguiu este apuramento quando a nossa Selecção tinha tido o pior arranque de sempre ao empatar em Guimarães a 4 golos com o Chipre e perder por uma bola a zero na Noruega.
Mas mais importante ainda é o facto de Paulo Bento estar a conseguir qualificar a Selecção Nacional (e até mesmo lutar pelos apuramentos) com uma margem de escolha de Jogadores seleccionáveis muito reduzida. Apenas Scolari teve nas suas mãos a Melhor Selecção Portuguesa de sempre e acabou por perder uma Final para a Grécia.
Por tudo isto acho que é mais importante analisarmos o trabalho de Paulo Bento tendo por base os objectivos que lhe foram propostos alcançar e aquilo que este alcançou ou não alcançou em vez de se embarcar nas sempre perigosas viagens da emoção. No fundo e no cabo há que ver as coisas tal como elas são e não como queremos que sejam.