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Já é mais do que sabido que o Executivo de Passos que também é de Portas tem uma tremenda cisma para com tudo o que seja Público. E como dizia a minha Avó, uma cisma é pior que uma doença, e a verdade é que os factos comprovam a sua sabedoria.
E vêm a propósito do seguinte: depois de o “amigo” Crato se ter servido dos seus melhores esforços para que o Ensino em Portugal recue uns trinta anos, eis que agora este teve a fabulosa ideia de alargar o cheque-ensino até ao 12.º ano de escolaridade.
Porreiro pah dirão muitos do que estão a ler tal coisa, mas também dizia a minha Avó que não há bela sem senão e então quando a coisa vem do Crato não pode mesmo ser nada de bom. Isto porque tal “chequezito” vai dar a possibilidade de serem as famílias a escolher a escola dos seus filhos. Isto como se no actual sistema a malta já não pudesse escolher a escola para onde quer que os seus filhos vão estudar.
Ora o que vai acontecer com tão iluminada medida?
Simples, como se vende a famigerada e ridícula ideia de que o Ensino Público é para os pobretanas mal-educados e mal-encarados, eis que os Papás vão a correr inscrever o menino e a menina no Externato onde por acaso, mas só mesmo por acaso, o menino e a menina vão melhorar as notas do dia paras a noite sem terem que fazer muito por isto. Se depois nunca mais saem do sítio na Faculdade é porque o Ensino Público não presta.
Mas o que realmente move Crato na formação da sua cratera não é isto. O que este realmente quer é dar continuidade à Reforma do Estado de que Miguel Relvas tanto gostava e que um certo Coelho tratou de vender à Troika como se de uma grande coisa se trate.
Pouca gente pensa ou se apercebe disto, mas se houver a esperada debandada de alunos para o Ensino Privado, as Escolas Públicas vão ter de fechar e os Funcionários (Professores incluídos) que trabalham nestas Escolas vão ter que ir para a rua viver do ar e do vento até porque Portugal é um Pais de clima ameno e solo fértil.
Hoje em dia é um Crime ser-se Funcionário Publico e como tal é se perseguido de todas as maneiras e feitios porque nós, comuns dos Cidadãos, não precisamos do Serviço Público para absolutamente nada.