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Sempre que ouvimos e lemos que o Executivo de Passo/Portas vai efectuar um, ou vários, corte(s) na Despesa Pública eis que rapidamente “se cola” a Troika ao fenómeno. Repete-se até à exaustão que isto vai ser assim porque a Troika mandou e ponto.
Mas afinal o que é a Troika?
Num conceito simples para leigo entender é uma espécie de Banco que empresta dinheiro a Estados. E como qualquer Banco normal este não empresta dinheiro sem saber que o vai receber de volta e com juros. Só que ao invés dos Bancos que todos conhecemos, este não pode aceitar Hipotecas e outras Garantias das Obrigações. Ora como o Estado não pode recorrer a estas Garantias, eis que a Troika pergunta ao Estado que medidas vai este tomar para que garanta o pagamento a tempo e horas do empréstimo. É aí que a porca torce o rabo como se costuma dizer.
Torce o rabo porque entram em campo as ideologias partidárias e não aquilo que o Estado pode e deve realmente fazer para poder cumprir com as suas obrigações. É mais que sabido que o actual Executivo podia, e pode, optar por outras formas de harmonização das suas contas por forma a poder pagar o que deve sem ter que optar por cortes cegos na Despesa.
Existem alternativas que Passos Coelho e seus pares não querem optar e para constatarmos tal facto basta que puxemos um pouco pela memória e recuemos ao tempo em que o Sr. Primeiro-ministro era o Líder da Bancada Parlamentar do PSD e nos recordemos da sua batalha contra o contexto socializante da Constituição da República Portuguesa. E mais, já antes de Passos ter chegado a Líder do Partido Social Democrata alguns membros importantes desse Partido falavam na estrita necessidade de se acabar de vez com o Estado Social Português.
Caia desta forma a máscara e o mito de que a Troika é um Papão mandão e que o Governo de Portugal é um pobre coitado.