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A vitória de Nuno

por Pedro Silva, em 28.01.17

imgS620I189396T20170128201503.jpg 

imagem retirada de zerozero

 

Hoje o Futebol Clube do Porto levou a cabo aquele tipo de jogo que dá força aos portistas exigentes. Os supra sumos da bola que tudo sabem. A lenga, lenga de hoje desta malta tem a ver com os extremos (a falta deles). Foi por isto que a equipa portista entrou algo lenta e previsível no jogo da Amoreira. Esquecem-se os tais doutores de que o SL Benfica teve de passar pelo mesmo problema diante do mesmo adversário no mesmo reduto de jogo. A diferença é que o FC Porto teve de se reinventar e de lutar contra uma arbitragem caseirinha q.b. para poder sair do António Coimbra da Mota com os 3 pontos. Já o maior do mundo e arredores teve direito a – mais um – penalti por instinto (se não fosse tal teria saído de Estoril com um empate a zero bolas). Ah, e o Futebol Clube do Porto conta no seu actual plantel com uma abundância tal de extremos que dá para dar e vender… Adiante.

 

Tenho para mim que os azuis e brancos até que não jogaram nada mal. Tiveram pela frente uma equipa pequena que pensa pequeno. O Estoril nunca teve como objectivo vencer para poder fugir à despromoção. Pelo contrário. Os canarinhos tinham como único objectivo fazer o impossível para empatar.

 

O GD Estoril Praia apresentou um meio campo reforçado cuja única preocupação era a de cortar toda e qualquer iniciativa de construção de jogo da parte do Futebol Clube do Porto. Ora tal num dia bom da parte do meio campo portista teria sido a morte do artista para os canarinhos, mas com Oliver em baixo de forma (mais uma vez) e com Héctor Hererra a regressar ao seu normal (ou seja; péssimo em todos os aspectos) era natural que o jogo dos dragões não passasse do simples e enfadonho balão para um dos flancos na esperança de que Alex Telles fizesse o cruzamento para golo. Isto porque um grande Danilo Pereira e um esforçado André André eram manifestamente insuficientes para fazer frente ao autocarro que equipa da linha estacionou diante do seu meio campo.

 

Era necessário fazer algo. E Nuno Espírito Santo (NES) fez. Fez o que pôde com o limitado plantel que tem ao seu dispor. É deveras complicado um treinador ter de dar a volta a uma situação como esta que se viu em Estoril recorrendo a um jogador que a meio da semana estava no Gabão (Brahimi), a um miúdo da formação (Rui Pedro) e a um atleta que nos últimos jogos tem tido prestações miseráveis (Jesús Corona). E a verdade seja dita que a coisa resultou. Não que os jogadores aqui referidos tenham feito algo de muito diferente daquilo que vínhamos vendo até à altura da sua gradual entrada em campo, mas sim porque o cavalheiro do apito resolveu assinalar uma grande penalidade evidente a favor do FC Porto.

 

Após o golo azul e branco o Estoril foi obrigado a abdicar da sua estratégia do autocarro mas a expulsão tardia mas justa do seu defesa central Diakhité abriu caminho ao bonito golo de Corona. O resultado parecia estar mais do que encontrado não tivesse a azelhice tomado conta dos centrais Marcano e Felipe que permitiram o golo de honra dos canarinhos.

 

Em suma; este Futebol Clube do Porto de NES venceu e demonstrou – mais uma vez - que tem capacidade para dar a volta aos acontecimentos mesmo que não o faça de uma forma brilhante. E para mim isto chega e basta. Já para os egos inchaditos dos portistas exigentes não sei nem quero saber.

 

MVP (Most Valuable Player): Danilo Pereira. Danilo está efectivamente a passar por um dos seus melhores momentos de forma. Excelente a recuperar as bolas e a impedir os ataques da equipa adversária, Danilo foi hoje a âncora de que qualquer equipa de top necessita. Quando o marasmo e a falta de soluções imperaram no meio campo portista, Danilo foi o único que procurou sempre remar contra a maré. A manter Danilo!

 

Chave do Jogo: Apareceu no minuto 89` para resolver a contenda a favor do FC Porto. Nesta altura os dragões já se encontravam em vantagem, mas a expulsão de Diakhité no minuto aqui referido deitou por terra toda a estratégia do Estoril Praia que no minuto seguinte acabaria por sofrer mais um golo.

 

Arbitragem: É muito por causa deste tipo de coisas que eu não me canso de falar dos árbitros. Não que eu goste de o fazer, mas quando é nomeado para um jogo do FC Porto um artista do calibre deste Manuel Oliveira é impossível não se falar na equipa de arbitragem. Manuel Oliveira permitiu durante tempo a mais o anti jogo da equipa do Estoril. Pactuou com o jogo violento e perdas de tempo dos atletas canarinhos. Esteve bem na marcação da grande penalidade e na expulsão de Diakhité, mas ainda tem de explicar porquê razão anulou um golo limpo a Rui Pedro e porque não marcou uma grande penalidade a favor do FC Porto após carga de um defesa do Estoril sobre André Silva na grande área estorilista. Má arbitragem que poderia ter tido influência directa no resultado final da partida.

 

Positivo: Nuno Espírito Santo (NES). Mexeu na equipa quando esta mais precisou com as armas que tinha ao seu dispor no banco de suplentes. Se hoje o Futebol Clube do Porto venceu num estádio tradicionalmente complicado foi muito por culpa do seu treinador.

 

Negativo: Héctor Herrera e Oliver Torres. O primeiro após uns jogos a um nível bastante razoável regressou ao seu normal e o segundo já vai no segundo jogo consecutivo onde joga pouco (muito pouco).

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publicado às 20:53


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