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Começo a minha análise ao Vitória FC 0 x FC Porto 1 dizendo que o Dragão está a demonstrar uma tremenda dificuldade em erradicar de vez com as tretas “Lopeteguianas”. É que todas as semanas vou assistindo à mesma coisa: o Futebol Clube do Porto a entrar muito forte nas partidas para a partir do minuto 30 entrar numa espécie de “morronice” onde se passa a bola de um lado para a o outro na esperança de que alguém tenha um rasgo de génio que resolva o jogo. Hoje foi exactamente isto que aconteceu ante um Setúbal muito fraco… Diria até mesmo fraquinho! Fosse este Vitória uma equipa de categoria e os Portistas não teriam vencido no Estádio do Bonfim.
Em suma, o Futebol Clube do Porto teve hoje uma vitória igual - em todos os aspectos - àquelas que conquistava nos tempos de Julen Lopetegui. A diferença está no discurso final dado que Julen dizia sempre que tinha defrontado um adversário muito complicado (do nível de um Bayern, Real Madrid ou Barcelona), enquanto José Peseiro se congratula pela conquista dos três pontos sem no entanto se mostrar pouco satisfeito com aquilo que a sua equipa produziu em campo.
Para mim o grande problema do Futebol Clube do Porto – para além das patetices de Casillas e do raio do “tiki taka” de Lopetegui que tarda em desvanecer - está no meio campo. Bem sei que muita gente aponta o dedo à defesa Azul e Branca mas tivessem os Dragões um meio campo mais dinâmico que permitisse à equipa passar da defesa para o ataque (e vice versa) sem “burocracia” de certeza que equipas com a categoria deste Setúbal seriam derrotadas por números expressivos mesmo quando jogam na sua casa. E os Azuis e Brancos até que tem atletas de qualidade para poderem apresentar um meio campo que permita à equipa defender com qualidade e aproveitar as transições rápidas/contra ataques, mas isto de andar um ano e maio a fazer de conta que era o FC Barcelona acabou por dar nisto que todos vemos…
Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum do jogo ambas as equipas tiveram um (ou vários momentos) em que poderiam ter “matado” o jogo. Na primeira parte foram os Portistas a “estar por cima” e na segunda foi a vez dos Vitorianos fazerem idêntico papel.
Positivo. Chidozie, Sérgio Oliveira e Herrera. Chidozie mostrou uma enorme segurança no eixo da defesa e nunca comprometeu em momento algum, Sérgio Oliveira esteve simplesmente impecável em todos os aspectos num meio campo comandado por Herrera que está a realizar um final de temporada muito interessante.
Negativo: A falta de dinâmica da equipa Azul e Branca. Para se ganhar os jogos não basta andar devagar, devagarinho, com a bola em posse para trás e para os lados até que alguém tenha a felicidade de marcar o golo.