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A noite do “fantasma” Lopetegui

por Pedro Silva, em 06.03.16

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 imagem de zerozero

 

Ponto prévio; ao contrário dos treinadores de bancada eu não exijo nada a José Peseiro. Sempre disse que ninguém tem o cabal direito de exigir seja o que for a um treinador que chegou em Janeiro ao Dragão. O facto de o SL Benfica ter derrotado o Sporting CP em Alvalade não altera em nada esta forma realista de se ver as coisas. Quem disser o contrário é porque percebe tanto de futebol como eu de engenharia aeronáutica.

 

Quanto ao jogo de Braga que o Futebol Clube do Porto perdeu por 3 bolas a 1 há que dizer que o “fantasma” Lopetegui voltou para assombrar a equipa Portista. Isto porque houve muita “Lopeteguice” durante os 90 e poucos minutos da partida que fizeram com que os Dragões tivessem deixado os três pontos da cidade dos Arcebispos. Para mais também me pareceu que Carlos Xistra (árbitro) não esteve muito feliz e teve alguma influência no resultado final. Mas já lá vamos.

 

Primeiro que tudo tenho de dizer que gostei da ideia de Peseiro ao ter apresentado um FC Porto com um meio campo reforçado. Ao ter entrado em campo com uma espécie de 4x5x1 quando defendia que se “desdobrava” num 4x4x2 quando atacava, o Futebol Clube do Porto praticamente encostou o Sporting Clube de Braga ao seu meio campo. Foi notório o desnorte da equipa Bracarense durante os 30 minutos iniciais do jogo. O Braga não sabia bem o que fazer para “sacudir” a pressão dos Azuis e Brancos para poder explanar o seu jogo e tal era por inteiro mérito do FC Porto. A ideia de Peseiro era a mesma de Rui Vitória: marcar cedo para obrigar o SC Braga a subir as suas linhas para depois poder aproveitar os espaços deixados na defesa Arsenalista.

 

O problema foi que o golo não surgiu e Carlos Xistra resolveu entrar em acção avisando, desde já e com um cartão amarelo, André André - e restantes atletas do FC Porto - de que não podiam sequer olhar de frente para os jogadores do Braga. Já os Bracarenses podiam “cascar” à vontade nos Portistas que não havia crise. E foi muito graças a esta habilidade que o SC Braga “matou” muitas das jogadas atacantes dos Azuis e Brancos.

 

Ora como ninguém tem capacidade para manter o mesmo ritmo de jogo durante os 90 e poucos minutos de uma partida de futebol eis que o FC Porto foi perdendo algum fulgor a partir da meia hora de jogo e o Braga aproveitou-se disto para ficar mais à vontade na partida.

 

Exigia-se uma clara e rápida intervenção de José Peseiro. Treinador que já tinha sido expulso por Carlos Xistra após este ter feito algo que Jorge Jesus faz semana sim, semana sim nos relvados portugueses sem que lhe seja aplicada a mesma sanção. Mas Peseiro não fez nada. Não fez absolutamente nada e nem deu ordens a Rui Barros para que ao intervalo se tivesse efectuado qualquer mexida no onze não obstante ser claro o facto de o Sporting Clube de Braga estar cada vez mais por cima do jogo.

 

Arranca a segunda parte e vemos um Futebol Clube do Porto cada vez mais “partido” e a recorrer aos famosos “balões” de flanco para flanco de que Julen Lopetegui parecia ser fã incondicional.

 

Ora perante a perda do controle do meio campo, com um Braga a pressionar cada vez mais, um Rúben Neves completamente perdido em campo, passes transviados, Suk isolado lá na frente e um Brahimi que remava sozinho contra a maré exigia-se a intervenção do treinador. Exigia-se que este colocasse em campo alguém com físico e velocidade suficiente para, juntamente com Suk, colocar a defesa do Braga no seu devido lugar por forma a se “aliviar” e recuperar o meio campo Portista. Mas que fez Peseiro? Tal como Lopetegui, seguiu o programa fazendo entrar Aboubakar para o lugar de Suk e Corona para o lugar de Rúben. Pouco tempo depois Hassan aproveita um disparate da defesa Portista – disparate provocado pela pressão do SC Braga - e faz golo. Marega acaba por entrar mas já os Dragões estavam a perder por uma bola a zero. Daí para a frente vimos um Futebol Clube do Porto a jogar mais com o coração do que com a cabeça e o resultado foi o que todos vimos: 3 a 1 a favor dos Bracarenses.

 

Em suma; os Dragões perderam o jogo porque o “”fantasma” Lopetegui marcou presença. Carlos Xistra teve muita culpa no resultado final (amarelos quase em exclusivo para os Dragões e Grande Penalidade claríssima contra o SC Braga por assinalar), mas o principal culpado da derrota foi o “fantasma” Lopetegui que pelos vistos se apossou de José Peseiro durante os 90 e poucos minutos desta partida de Braga.

 

Chave do Jogo: 30´, altura em que o Futebol Clube do Porto perdeu o controlo da partida. A partir desta altura o Braga de Paulo Fonseca, aos poucos, “ficou por cima” no jogo e acabou por justificar a vitória final.

 

Positivo: Paulo Fonseca. Um mal-amado que mostrou hoje, mais uma vez, que merecia ter sido tratado de outra forma pelos Dirigentes, Jogadores e Adeptos do Futebol Clube do Porto.

 

Negativo: José Peseiro e Carlos Xistra. Ambos tiveram culpa no desfecho final do jogo. Peseiro pelo que não fez e deveria ter feito e Xistra pelo que não fez e deveria ter feito para ambas os lados dado que teve sempre um critério manifestamente desigual.

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publicado às 23:55


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