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Ansiosos pela tragédia Grega

por Pedro Silva, em 28.02.15

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Posso estar a ser exagerado mas a impressão que tenho é a de que a nossa Praça de Comentadores/Comunicação Social parece estar desejosa de que na Grécia o Governo de Tsipras termine numa tremenda tragédia Grega.

 

Pois eu, ao contrário de todos eles, espero sinceramente que o Executivo de Tsipras seja bem-sucedido na sua Governação e que tal contribua para que o Velho Continente saia do lodo financeiro em que se meteu. Isto como está não pode continuar.

 

É claro e evidente que tem de haver um controlo sério dos orçamentos Europeus. Mas não se pode descurar a parte social da Europa.

 

O desemprego disparou para valores inacreditáveis no Sul da Europa. O investimento simplesmente desapareceu daquela zona do Velho Continente. A educação, pilar fundamental de qualquer Sociedade Moderna Democrática passou a ser um privilégio só para alguns porque os custos são cada vez maiores e as comparticipações Estatais cada vez menores. A fome e a miséria passaram a fazer parte do cenário de Portugal, Espanha, Grécia e Itália. Tudo isto são factos que ninguém pode contrariar e negar. Factos que se tornaram realidade fruto das exigências absurdas de quem supostamente investiu na recuperação de Países que fazem parte de uma Economia comum (Eurozona).

 

Agora tenhamos em especial atenção de que todas as desgraças de que falei atrás foram 10 vezes piores na Grécia do que em qualquer um dos ditos “intervencionados” (Portugal, Espanha, República da Irlanda, Chipre e Itália). Na Grécia dos tempos modernos há quem não tenha direito à saúde porque está desempregado. Na terra de Tsipras e do Siryza, onde os Invernos são muito rigorosos, há quem não tenha direito a aquecimento e electricidade simplesmente porque está no desemprego. Na Grécia de hoje ter-se assistência da parte do Estado é um luxo! A Grécia actual é um País perdido num abismo social do qual terá imensas dificuldades em sair se não houver uma cooperação internacional igual à que a Alemanha teve direito após a Segunda Guerra Mundial! E este abismo foi iniciado pelos Socialistas do PASOK e alimentado pela Direita da Nova Democracia que esteve no Poder em Atenas nos últimos quatro anos. E convêm recordar que a Grécia foi alvo de dois resgastes, um a pedido do PASOK e outro durante a Governação da Nova Democracia.

 

Daí que pergunte:

 

Será que queremos mesmo que Tsipras falhe redondamente na sua governação?

 

Será que a Política destrutiva que a Direita impôs na Europa nos está a levar a algum caminho que não seja o da destruição total?

 

Será que afinal não será só José Sócrates o Governante que controlava, ou que tentou controlar, a Comunicação Social Portuguesa?

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publicado às 23:56


Rome

por Pedro Silva, em 27.02.15

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Acção, Drama (2005) - 2 Temporadas

 

Sinopse: 400 anos antes da fundação da República, Roma era a cidade mais rica do mundo antigo, uma metrópole cosmopolita de um milhão de pessoas, o epicentro de um império em expansão. Mas agora a cidade perdeu todo o seu fulgor devido à corrupção e excesso. Uma série aclamada pela crítica que retrata o declínio do império romano.

 

Crítica: Para pontapé de saída vou dar a nota que penso ser a mais indicada para esta série: satisfaz mais.

 

Poderia ter-lhe dado um Bom até porque tem categoria para isto, mas sou da opinião de que a ausência de variedade em termos de cenários retira muita qualidade a uma série que, no geral, até que está bem estruturada e muito bem fundamentada.

 

Foi notória a preocupação dos seus criadores em seguir a vertente histórica e isto traz muitos pontos positivos a Rome. Naturalmente que existe uma forte componente dramática que desvirtua um pouco a história da Roma antiga, mas tenhamos em especial consideração de que não estamos, de forma alguma, a falar de um Documentário, mas sim de uma Série televisiva no verdadeiro sentido do termo.

 

O n.º de Temporadas está bem pensado e estruturado-E raro, muito raro mesmo, encontrar-se nos tempos que correm uma Série de nomeada que saiba quando e como deve terminar. Para mais Rome centra-se muito mais nas jogadas de bastidores do Império Romando, o que faz com que os diálogos se sobreponham, em força, à acção. Daí que volte a repetir que a “dose” de Temporadas foi muito bem pensada, até porque uma Série deste tipo que se prolongue em demasia no tempo tornar-se-ia num martírio para quem a acompanhasse.

 

Relativamente ao Elenco, acho que “nem carne, nem peixe”. Cada um dos Actores fez o que se lhe exigia sem no entanto terem sido sublimes nos seus papéis. Acredito que tenham feito um esforço extra para memorizarem as suas longas falas, mas em termos gerais os desempenhos são normais.

 

Para quem gostar Rome apresenta-nos muitas cenas de nus. Não que isto valorize a dita, mas tais cenas são essenciais para que o espirito da época tenha sido interpretado na perfeição.

 

Concluindo; é uma Série que recomendo mas aviso desde já que por vezes é preciso alguma paciência para os demorados diálogos.

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publicado às 19:24


O meu Animé (LXXXI)

por Pedro Silva, em 26.02.15

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Takani Megumi (高荷 恵) - Série Samurai X

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publicado às 18:13


Momento Mafalda (22)

por Pedro Silva, em 25.02.15

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publicado às 13:33


Uma Entrevista de Loucos

por Pedro Silva, em 24.02.15

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Acção, Comédia (2014) - "The Interview"

Realizador: Evan Goldberg, Seth Rogen 

Elenco: James Franco, Seth Rogen, Randall Park

 

Sinopse: Dave Skylark e o seu produtor, Aaron Rapoport, são as caras de um popular talk-show - "Skylark Tonight". Quando descobrem que o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, é fã do programa, marcam uma entrevista com o próprio, de forma a se legitimarem como jornalistas. No momento em que Dave e Aaron se preparam para viajar para Pyongyang, os seus planos mudam com a CIA a recrutá-los? a eles, que são provavelmente os homens menos qualificados que se possa imaginar - para assassinar Kim Jong-un.

 

Critica: Antes de mais um importante ponto prévio para se evitarem discussões sem nexo; não estou aqui a debater, e muito menos a dissecar, o conteúdo político do filme. Muito menos tenho interesse algum em voltar a falar sobre a polémica em que este esteve envolvido. O que vou escrever daqui para a frente é somente a minha opinião na qualidade de cinéfilo e nada mais.

 

Vou começar pela nota e serei directo: mau. E não o considero mau pela sua história, mas sim pela forma como esta mesma nos é apresentada.

 

Eu até que gosto de filmes de comédia, e este “The Interview” de Evan Goldberg e Seth Rogen tem todos os ingredientes para ser um filme de sucesso no seu género. Só que uma série de erros atiram-no para uma certa banalidade que lhe retiram todo e qualquer interesse.

 

O primeiro grande erro no “Uma Entrevista de Loucos” reside na forma como se desenrola o filme.

 

O dito até que arranca bem, tem umas graçolas interessantes, tem cenas divertidas, polémica q.b. e a coisa vai melhorando até certo ponto. Depois de Aaron Rapoport se deparar com um tigre o filme começa a decair até chegar ao ponto de ser desinteressante e de não conseguir arrancar sequer um sorriso. Tal sucede porque o argumento deixa de ser rico para se centrar numa série interminável de clichés sem nexo que obrigam a que os Actores não façam algo de melhor do que aquilo que vamos vendo. Exigia-se mais, muito mais neste aspecto. E é uma pena que assim seja porque parece haver ali muito potencial por explorar.

 

O segundo grande erro reside no Elenco. Mas este erro está intimamente relacionado com o primeiro. Se os Realizadores não apostaram num argumento em condições, é natural que não possam exigir a quem contracena nesta sua produção que faça algo de jeito. Chega a ser triste ver James Franco, Seth Rogen e Randall Park a trabalhar em algo tão inócuo e vazio.

 

Quanto aos Cenários temos aqui o último grande erro. São de uma pobreza franciscana sem precedentes. Basicamente tudo se desenrola dentro de casas ou prédios com pouca, ou nenhuma, variante. Sou da opinião de que os Cenários são um ponto de extrema importância em qualquer filme pois são estes que colocam o espectador dentro da história que o Realizador nos quer contar.

 

Concluindo; trata-se de um filme que não recomendo mas que até gostaria de recomendar porque potencial o "The Interview" tem. Não teve é quem tivesse sabido explorar este potencial como deve ser.

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publicado às 15:55

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